Ela estava a pensar na chatice que é ser formal... fazer discurso... impressionar!
Queria fugir para um canto, sozinha, tipo, ao pé do fogão!
E fazer o lançamento de seu Livro da mesma forma em que o escreveu: na singeleza!
Se houvesse meios de comunicação nesse lançamento, que fosse só e unicamente, para comunicar a singeleza.
Lançamento de Livro devia ser regado a uma boa leitura. Um ambiente aconchegante, algumas almofadas ao chão e um tapete bem quentinho pra aquecer os pés descalços.
Para escrever ela só precisou de papel e caneta. Dispensou qualquer pessoa perto dela pra poder ser inteira e franca com suas próprias idéias.
Escreveu pra dizer das suas interrogações. Ou para tentar responde-las.
Isso, que foi escrito num canto silencioso e solitário de seu quarto, virou Livro.
Livro é uma coisa muito interessante.
Ele revela, em primeiro instante, a ousadia do autor.
É preciso ser ousado para gritar aos quatro ventos aquilo que só seu coração sabe dizer.
Pensamento não tem face. Escrito no caderninho de cabeceira é apenas um pensamento materializado de forma rudimentar que quis tomar corpo para não se perder como idéia.
Mas Livro é outra coisa.
Tê-lo na mão é responsabilidade de cuidá-lo, interpretá-lo e respeitar quem o escreveu. Essa, porém, é uma responsabilidade menor do que colocá-lo na mão de outros.
No momento que o pensamento se condensou de uma forma tão especial em Livro, ela se assustou.
A responsabilidade pelas suas idéias e suas construções metafóricas a chamaram para outra realidade.
Hora de socializar. Hora de tornar público. Hora de se identificar com um personagem mais elaborado: o escritor.
Ela pensa que vive uma grande contradição.
Escreveu por ser só, mas através da sua escrita se expos e se fez uma personagem socialmente atingida.
Agora é hora de mostrar aos outros, aquilo que só ousava pensar e registrar timidamente para entender-se como gente.
O Livro chegou e ela precisa aprender um pouco mais sobre ser gente.
Precisa sorrir muito, abraçar muito e ouvir “parabéns”.
Precisa “arrumar” os cabelos, passar batom e usar salto pra sair bem nas fotos.
Vai ser bonito, sim. Vai poder dizer às pessoas queridas que seu Livro tem proposta de vida. Pelo menos, proposta para a vida dela.
O que a faz tremer é que ela, descabelada tantas vezes, solitária e descalça nas madrugadas da vida, enrolada em seu cobertor ou chorosa por causa das suas saudades e das suas feiúras e das feiúras do mundo, não possa participar da festa.
A festa é lugar pra gente bela e feliz senão não seria festa.
O Livro existe por causa das suas inseguranças. Mas ela está em evidencia e precisa ser segura para essa proposta de Escritora.
Confusão... mas que vença sempre a singeleza.
Queria fugir para um canto, sozinha, tipo, ao pé do fogão!
E fazer o lançamento de seu Livro da mesma forma em que o escreveu: na singeleza!
Se houvesse meios de comunicação nesse lançamento, que fosse só e unicamente, para comunicar a singeleza.
Lançamento de Livro devia ser regado a uma boa leitura. Um ambiente aconchegante, algumas almofadas ao chão e um tapete bem quentinho pra aquecer os pés descalços.
Para escrever ela só precisou de papel e caneta. Dispensou qualquer pessoa perto dela pra poder ser inteira e franca com suas próprias idéias.
Escreveu pra dizer das suas interrogações. Ou para tentar responde-las.
Isso, que foi escrito num canto silencioso e solitário de seu quarto, virou Livro.
Livro é uma coisa muito interessante.
Ele revela, em primeiro instante, a ousadia do autor.
É preciso ser ousado para gritar aos quatro ventos aquilo que só seu coração sabe dizer.
Pensamento não tem face. Escrito no caderninho de cabeceira é apenas um pensamento materializado de forma rudimentar que quis tomar corpo para não se perder como idéia.
Mas Livro é outra coisa.
Tê-lo na mão é responsabilidade de cuidá-lo, interpretá-lo e respeitar quem o escreveu. Essa, porém, é uma responsabilidade menor do que colocá-lo na mão de outros.
No momento que o pensamento se condensou de uma forma tão especial em Livro, ela se assustou.
A responsabilidade pelas suas idéias e suas construções metafóricas a chamaram para outra realidade.
Hora de socializar. Hora de tornar público. Hora de se identificar com um personagem mais elaborado: o escritor.
Ela pensa que vive uma grande contradição.
Escreveu por ser só, mas através da sua escrita se expos e se fez uma personagem socialmente atingida.
Agora é hora de mostrar aos outros, aquilo que só ousava pensar e registrar timidamente para entender-se como gente.
O Livro chegou e ela precisa aprender um pouco mais sobre ser gente.
Precisa sorrir muito, abraçar muito e ouvir “parabéns”.
Precisa “arrumar” os cabelos, passar batom e usar salto pra sair bem nas fotos.
Vai ser bonito, sim. Vai poder dizer às pessoas queridas que seu Livro tem proposta de vida. Pelo menos, proposta para a vida dela.
O que a faz tremer é que ela, descabelada tantas vezes, solitária e descalça nas madrugadas da vida, enrolada em seu cobertor ou chorosa por causa das suas saudades e das suas feiúras e das feiúras do mundo, não possa participar da festa.
A festa é lugar pra gente bela e feliz senão não seria festa.
O Livro existe por causa das suas inseguranças. Mas ela está em evidencia e precisa ser segura para essa proposta de Escritora.
Confusão... mas que vença sempre a singeleza.
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